Hoje o meu coelho morreu.
Não era velho para morrer, mas morreu.
Não sei se todos vocês acreditam na relação que pode existir com um amigo bicho.
Às vezes na vida faltam-nos pessoas. amigos. Podemos até ter muitos, mas mesmo assim faltarem amigos. Íntimos. Amigos com quem partilhas a tua vida. Todos os dias. Com quem te apetece falar da vida, partilha-la e vive-la em conjunto. Ter aqueles momentos especiais, parados no tempo, "secretos" ou simplesmente sentidos de tal modo que ficarão guardados no tempo, que irão permanecer para sempre nos dois.
O Coelhone, era assim que ele se chamava para os mais despistados, era meu amigo. Ele era meu amigo. Tinhamos grandes conversas, e ele gostava de dormir enroscado no meu colo, ou deitar-se ao meu lado quando me sentava no chão. Tinha personalidade. Mau feitio até, às vezes. Sabia bem o que gostava. Sabia bem de quem gostava. Não gostava que qualquer pessoa lhe tocasse. Era envergonhado. E era determinado (muito). Ele gostava de dormir enroscado no meu colo, ou deitar-se ao meu lado sempre que me sentava no chão. Ficava mesmo contente quando corria atrás dos meus pés. E a melhor coisa que lhe aconteceu na vida foi ter conhecido a horta da casa nova. Umas poucas vezes mordeu-me, mas quem não dá umas trincadelas aos amigos de vez em quando? Eu gostava dele. muito. e sei que ele gostava de mim. tinhamos grandes conversas os dois.
Adeus Coelhone,
vou sentir a falta de ti. da tua presença. das nossas conversas sozinhos. de nós e o mundo.
domingo, fevereiro 15, 2009
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